O que o País está vivendo hoje não é nenhuma
novidade, pelo contrário, já era esperado. No entanto, houve uma antecipação
espontânea dos fatos. Se agora na Copa das Confederações está desse jeito,
imaginemos na Copa do Mundo de junho 2014.
O que estamos vendo é uma resposta da população já
anunciada pelo nosso Portal numa postagem publicada ano passado que dizia “O
Brasil não pode ostentar a Copa do Mundo”. Hoje as emissoras de todo o planeta
mostram a fabulosa riqueza dos jogos milionários da Copa das Confederações e, do
outro lado, o povo protestando contra os bilhões de investimentos e desvios
gastos com o evento.
Jovens de todas as camadas sociais fizeram
convocatórias via internet utilizando o facebook, o twitter e outras redes
sociais de grande influência para mobilizar milhares de pessoas nas capitais
brasileiras e mais de 100 grandes cidades para protestar. O movimento já
superou a quantidade do “Fora Collor” de 1992 e já ganhou o Brasil todo.
Não precisa ser intelectual ou partidário para
aderir ao movimento. As pessoas ali sabem o que estão fazendo por que é simples
de entender. Quando se tem, na prática, falta de educação, saúde e serviços
públicos precários à população, e, diante dos olhos de todos, um evento
bilionário com dinheiro dos impostos da população, fica fácil qualquer pessoa
compreender que tem de ir às ruas reclamar.
Diferentemente de outros movimentos com nomes
complicados e deturpados pela mídia como: “Impeachment”, “Daslu”, “confisco”,
“Mensalão”; esse atual não precisa de enganação. O povo sabe o porquê de estar
protestando, contra o quê e contra quem e, principalmente, sabe o que estão
defendendo. Não é partido político nem candidato, não é time de futebol nem
igreja, são simplesmente, condições dignas de vida.
Sabe-se que os mesmos manifestantes vão vibrar a
cada gol do Brasil nas Copas, é preciso dizer que o movimento não é contra o
Brasil nem ao time, muito menos a Copa, mas pela compreensão de que fortunas
foram gastas nos estádios e na estrutura da Copa para o desfile de craques mundiais
milionários do futebol. Imagine se um desses craques precisarem de um hospital
perto do estádio, irão para os hospitais públicos de hoje?
O povo doente tem que ficar nos corredores e macas
desconfortáveis sofrendo nos hospitais e com o direito de vê pela televisão do
próprio quarto do hospital o desfile do seu dinheiro investido numa Copa e sem
poder reivindicar um real para comprar o remédio que precisa. É disso que o
povo está reclamando. Vendo a Copa pela TV feita com o dinheiro que poderia ser
utilizado na sua própria situação de internamento num hospital público sem
condições de saúde.
É de falta de uma educação de qualidade capaz de
produzir conhecimento para que os jovens
estejam preparados para o mercado de trabalho, e aptos, ao curso superior. E torná-los críticos, intelectuais que
contribuam para o desenvolvimento profissional, pessoal e do País.
É nesse sentido que os jovens de hoje são
questionados à participação e a fazer a diferença nas atitudes reivindicatórias
do seu próprio futuro. Nesse contexto, por que alguns jovens tentam entender o
que está acontecendo e outros não percebem que os movimentos sociais do século
XXI fazem parte de sua história e de sua vida. Que mente os jovens têm hoje?
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