No final dessa postagem tem as fotos de Zé Hilton tocando com a Orquestra Sinfônica do RN no Tam (Teatro Alberto Maranhão).
Meu amigo Zé Hilton, filho de nossa terra, embora tenha nascido em Nova Cruz, suas raízes e identidade encontram-se em Pedro Velho-RN. Nosso blog que já tem uma postagem exclusiva desse artista da terra contando sua história e mostrando o seu trabalho, não poderia linkar essa matéria da Tribuna do Norte tão importante. Em entrevista concedida ao repórter Yuno Silva com foto de Paulo Nóbrega Filho.
Meu amigo Zé Hilton, filho de nossa terra, embora tenha nascido em Nova Cruz, suas raízes e identidade encontram-se em Pedro Velho-RN. Nosso blog que já tem uma postagem exclusiva desse artista da terra contando sua história e mostrando o seu trabalho, não poderia linkar essa matéria da Tribuna do Norte tão importante. Em entrevista concedida ao repórter Yuno Silva com foto de Paulo Nóbrega Filho.
E exclusivamente no www.clednews.com, um trecho da nova música
que vem aí e promete ser mais um sucesso. Não posso colocar totalmente por
questão profissional de divulgação e patente, mas vejam só um pouquinho e
abaixo a matéria completa do Jornal.
“Eu viajando no meu mundo imaginário,
por um momento eu me vi lá no passado
eu defendendo nosso amor em duelos, em romances de palácios e castelos...” – Zé Hilton do Acordeom e Cabeção do Forró.
eu defendendo nosso amor em duelos, em romances de palácios e castelos...” – Zé Hilton do Acordeom e Cabeção do Forró.
Há duas décadas, o então
adolescente José Hilton começou a dar os primeiros resfôlegos na sanfona que o
irmão mais velho mantinha encostada em um canto da borracharia onde trabalhava.
Aos 13 anos, dormia na rede armada na sala de casa e sonhava embalado pela
música das bandas que tocavam no clube bem em frente onde morava na cidade de
Pedro Velho. O tempo passou, o garoto cresceu e Zé Hilton se transformou em uma
das principais referências no Rio Grande do Norte quando o assunto é sanfona.
Instrumentista e compositor que
transita entre o forró eletrônico e de raiz, o potiguar Zé Hilton tem canções
gravadas por bruno e Marrone e Aviões do Forró.
Hoje aos 34 anos, acostumado a
tocar forró em festas espalhadas pelo interior do Estado e atuar nos bastidores
como músico de estúdio, o instrumentista e compositor passou para a linha de frente
e vem se apresentando com escolta de orquestras sinfônicas - nos próximos dias
26 e 27 de junho, no Teatro Alberto Maranhão, Zé Hilton participa de concertos
com a Orquestra Sinfônica do RN; e é uma das atrações principais, ao lado de
Khrystal, Camila Masiso, Caio Padilha, Wigder Valle, Valéria Oliveira e Camila
Masiso, do projeto "Concertos Sinfônicos Clássicos do Baião - Tributo a
Gonzagão", realizado pelo Sesc/RN com presença da Sinfônica da UFRN, cuja
temporada estreou dia 10 de junho em Mossoró.
"Quando comecei nem
pensava em ganhar dinheiro com música, muito menos tocar com orquestra, só
queria aprender a tocar", disse o músico autodidata, compositor de canções
já gravadas por nomes conhecidos do grande público como a dupla Bruno e Marrone,
a baiana Asa de Águia, e as bandas Aviões do Forró, Ferro na Boneca, entre
outras. "Cresci misturado no meio de todos os estilos, ganhei a vida com
todo tipo de forró, então nem tenho como dizer se este é melhor ou pior que
aquele", garante Hilton quando questionado sobre o embate entre o forró
tradicional e o eletrônico.
Experiente, o sanfoneiro já
passou pela banda potiguar Cebola Ralada, acompanhou o saudoso Elino Julião por
quatro anos, tocou com Dominguinhos, Xangai e Nando Cordel, fez parte do trio
Candeeiro Jazz ao lado de Jubileu Filho e Sérgio Groove com o qual participou
do Festival de Jazz de Cascavel em Santa Catarina, participou da gravação de
quase 400 discos e garante que, particularmente, prefere o forró tradicional.
"Na verdade, pra mim, o que importa é música boa!"
Para Zé Hilton, "o estilo
tradicional precisa de mais apoio do Governo para fazer shows, circular. A
rapaziada precisa gravar mais, pois não adianta ficar metendo o pau no trabalho
dos outros e reclamando sem mostrar produção", avaliou o músico, que
também mantém projeto com a cantora Nara Costa, com quem gravou recentemente
disco em homenagem ao centenário de Luiz Gonzaga. "Gonzaga é referência
até hoje, não tem pra onde correr".
Por enquanto ainda não pensa em
frequentar um curso superior em música, os planos a curto prazo incluem a
retomada do Candeeiro Jazz e a temporada com a Orquestra Sinfônica da UFRN, que
retorna em agosto na zona Norte de Natal e faz duas apresentações no mês de
dezembro em São Paulo. "Neste momento, a prioridade é ensinar meu filho
(José Hilton Júnior) a tocar e colocar alguns projetos pra andar, entre eles
uma escola de música em Pedro Velho".
A história da sanfona que voltou pra família
Natural de Nova Cruz, Zé Hilton
chegou em Pedro Velho aos dois anos de idade e de lá só saiu quando foi
escalado para tocar com Messias Paraguai. "Quando estava aprendendo, onde
tinha quadrilha eu ia. Com uns 14 anos, cheguei a tocar zabumba com um
sanfoneiro só para ele me deixar dar uma canja no fim do show. Foi quando me
deu vontade mesmo de ser músico profissional", recorda.
Ganhou um
"dinheirinho" do pai e resolveu ir juntando para comprar o próprio
instrumento. "Nessa época eu fazia de tudo um pouco: buscava botijão de
gás de cozinha, limpava quintal, ajudava meu irmão na borracharia; mas quando
comecei a tocar, abriram as portas do mundo e fui entrando".
E o destino realmente colocou a
sanfona no caminho de Zé Hilton: antes de completar 16 anos, pegou o dinheiro
economizado e foi até o distrito de Piquiri, em Canguaretama, município vizinho
de Pedro Velho onde morava, para comprar uma sanfona usada de 80 baixos.
"Rapaz, não é que a sanfona tinha sido do meu irmão na infância!? Como meu
irmão é bem mais velho, não tinha nem nascido quando venderam a sanfoninha. Até
hoje existe e meu filho estuda com ela", orgulha-se o sanfoneiro, que
atualmente trabalha com uma Scandalli italiana de 120 baixos.
Com a tal sanfoninha de 80
baixos começou a ser convidado para tocar em grupos e cantores de cidades
vizinhas. "Tinha uns 15 anos quando fui tocar na Festa do Boi, e recebi
meu primeiro cachê. Achei massa demais!". Percebendo seu potencial,
resolveu montar o próprio trio, "Os jovens do forró", e passou a
tocar em todo lugar: porta de supermercado, quermesse, arraiás. "Rapaz,
nesse tempo estava alucinado e só queria tocar, lanchar e tomar
refrigerante", diverte-se. Pouco depois começou a tocar profissionalmente
com Messias Paraguai e não parou mais.
De olho no direito autoral
Em sua trajetória, Zé Hilton
topou com o compositor potiguar Cabeção do Forró, e começaram a trabalhar
juntos. "Ele trazia umas letras legais e eu elaborava as melodias. Fiz com
ele a música 'O que tiver de ser será', gravada pelo Asa de Águia e Aviões do Forró,
e virou sucesso nacional". Em seguida, já em parceria com Cabeção e
Ranieri Mazile, vieram "Tentativas em vão", registrada pela banda
natalense Deixe de Brincadeira e pela dupla Bruno e Marrone; "Escravos do
amor", "Meu amanhecer", entre outras.
Em meio a concorrência do
mercado do forró e da pirataria vigente, Zé Hilton conseguiu garantir
rendimento como compositor fiscalizando. "Nunca pagam o que uma música
rende, mas o Ecad (Escritório Central de Arrecadação de Direitos Autorais) até
que paga, mas tem que ficar esperto, saber como funciona e fiscalizar. Tem que
ficar no pé senão não rola". Ele disse que os direitos exclusivos de
gravação de algumas músicas são acertados com as bandas para evitar problemas -
"Isso é bom pra quem canta e quem compõe".
Sobre a existência de
preconceito com a sanfona, diz que "isso é lenda, o povo é louco por
sanfona"; e quanto ao reconhecimento como músico acredita que tudo o que
está acontecendo é resultado de muito trabalho e dedicação. "Tenho muitas
amizades aqui no RN e em outros estados, e quando vou tocar em Pedro Velho é
casa cheia. Isso é reconhecimento!"
www.clednews.com
ONDE Q AGENTE BAIXA AS MUSICAS DO ZE HILTON
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