Teu nome ecoa feito cantoria de canário do campo.
És um encanto e uma fonte de sedução.
Rabisco poesias em meu peito
E imagino-te inteira em minhas mãos.
És uma aquarela de amor para se amar.
Tens olhos brilhantes feito estrelas no céu;
De beleza fascinante feito sol da manhã.
Capaz de fazer um monge enlouquecer
E te querer, e, por te querer tanto,
Não mais poder se fazer acreditar.
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Das rosas, és aquela que não existe mais.
Talvez sejas só um sonho de poeta.
Certamente és impossibilidade concreta;
Delírio de um homem maduro;
Chuva torrencial neste solo deserto;
Jardim florido na caatinga do sertão.
Fruta mais doce nascida nas terras inertes do Nordeste;
Ninfeta desabrochando em flor;
O teu andar obsceno fascinou-me;
O teu gingado levantou poeira em meu coração.
Mas o teu olhar de menina-mulher delimitou
A distância exata entre o meu te querer
E o meu te poder ter.
Não, não me faça tão “desimportante” assim
E deseja-me teu, mesmo por um instante apenas.
Vê se me deixa, pelo menos, admirar o teu sorrir,
Mas tão perto, tão perto de mim,
Que eu tenha que respirar o teu ar.
Sereia das areias deste sertão,
Este amor veio em trovoadas
E virou este pobre veleiro como uma folha de cajueiro.
Teu cheiro vem tão forte que balança os coqueiros;
Tua cor me entorpece feito porre de aguardente.
Tua provocação é desmedida
E ainda mais sem medida e sem limite,
É por ti o meu tesão.
Deusa do Nordeste.
Luar em noite de lua cheia,
Queria fazer-te nascente do meu rio perene,
E matar minha sede de retirante no suor da tua pele.
Faça-me ser teu Lampião encantado,
Por toda eternidade deste sol de verão
Ou pela exiguidade deste desejado inverno,
Pois sonho ver a tempestade do teu amor,
Fazer brotar uma flor de felicidade no meu existir.
Nilson Freire, Pedro Velho, 01 de fevereiro de 2000.
E deseja-me teu, mesmo por um instante apenas.
Vê se me deixa, pelo menos, admirar o teu sorrir,
Mas tão perto, tão perto de mim,
Que eu tenha que respirar o teu ar.
Sereia das areias deste sertão,
Este amor veio em trovoadas
E virou este pobre veleiro como uma folha de cajueiro.
Teu cheiro vem tão forte que balança os coqueiros;
Tua cor me entorpece feito porre de aguardente.
Tua provocação é desmedida
E ainda mais sem medida e sem limite,
É por ti o meu tesão.
Deusa do Nordeste.
Luar em noite de lua cheia,
Queria fazer-te nascente do meu rio perene,
E matar minha sede de retirante no suor da tua pele.
Faça-me ser teu Lampião encantado,
Por toda eternidade deste sol de verão
Ou pela exiguidade deste desejado inverno,
Pois sonho ver a tempestade do teu amor,
Fazer brotar uma flor de felicidade no meu existir.
Nilson Freire, Pedro Velho, 01 de fevereiro de 2000.
Obrigado grande amigo. É muito importante ter ume espaço tão bonito, democrático, eclético, onde podemos mostrar nosso trabalho, dar opniões sobre outros e mostrar para todo o mundo que Pedro Velho é berço de grandes inteligências em todas as áreas da cultura e da ciência.
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