O que é a Televisão?



Desejosa, encantadora, necessária e divertida. Esses adjetivos serão apresentados, sem dúvida, como respostas à televisão. Essa caixa “mágica” de imagens e sons, a qual ocupa um lugar especial em nossas casas não é o que aparenta ser. Muita gente diria que a TV é um atrativo. Ela faz parte de nossa vida e traz entretenimento para a família. Algo a discordar? Não! Realmente, a televisão possibilita essa sensação em quem assiste.

Contudo, essa visão é perigosa por ser uma idéia conformista e comodista. A televisão leva as pessoas a acreditarem que ela transmite informações e entretenimento. Na verdade, ela transmite apenas aquilo que os donos dos meios de comunicação querem que a população saiba e curta. Isso de forma alienada e sem reflexão crítica.

Podemos dizer que a televisão tem sua face e suas facetas. A face é o encantamento irreflexivo que desperta a ilusão em quem assiste. Ilude de tal forma que leva as pessoas a desejarem objetos distantes de sua realidade. Leva a população a crer que deve possuir objetos desejosos de luxo e que elas têm condições de adquiri-los.

As facetas, no entanto, escondem-se nas entrelinhas do enunciado. São as informações que a mídia não quer que as pessoas tomem conhecimento. É um filtro da verdade bem selecionada para demandar a meia-verdade expressa na telinha.
O que tem por trás de todo e qualquer programa de televisão dos tipos: noticiários, jogos, novelas, programas de auditório, programas infantis e filmes? A resposta é simples. Nenhum desses programas foi feito para divertir, entreter, informar; eles têm como pano de fundo: vender e estimular o consumismo. São propagandas e merchandising colocados em todos os horários, intervalos e cenas.  O que interessa não é a informação em si. Para a TV, é preciso sensibilizar, comover, emocionar, desejar, estimular, alienar, provocar, repudiar para, em seguida, lançar na tela o produto mais adequado a ser vendido diante de um desses sentimentos gerados pelo próprio canal.

Porquanto, as pessoas deviam observar melhor que o sistema capitalista sobrevive desse consumismo e que nada na televisão ocorre por acaso. Tudo é pensado e planejado. É comum ver em jogos, nas novelas e outros programas de entretenimento, propagandas de cerveja, refrigerantes, carros, xampu, perfume e bancos. Até os telejornais tem um oferecimento, mas não deveriam apenas noticiar?
O problema é quem patrocina o programa. Está-se pagando, então se exige que divulgue somente aquilo que é interessante para a empresa e seja lucrativo. Por exemplo: não é interessante que o principal jornal de uma emissora divulgue no horário nobre um escândalo de um jogador de futebol que carregue no seu boné a marca de uma multinacional.

Assim, a televisão é virou uma instituição atrevida que não foi convidada e entrou na vida das pessoas pela porta da frente de casa e exerce, atualmente, uma função de parente bem próximo a ponto de interferir na relação familiar como se fosse pai ou mãe. Ela se atreve a tirar a atenção das pessoas e, às vezes, determinar comportamentos.  E não basta ter em mãos um controle remoto quando, quem assiste aos programas da TV não consegue se libertar de sua influência. É necessário filtrar as informações transmitidas pela TV em qualquer programa e não apenas “engolir” tudo com se as emissoras mostrassem somente a verdade. É preciso ser crítico.




Texto produzido para fins de reflexão educativa, sociológica e filosófica.
Por Cledenilson Moreira

Comentários

  1. mts estão alienados por essa tela que "transmite'' informações, todavia não é a massa popular que escolhe o que e melhor e o que deve ser assistido, porém as emissoras mostram o que as convém(o povo iludido que continue perdendo seu tempo aceitando tudo sem criticar)XX:

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