SOCIEDADE DOS NORMAIS

Jovens urbanos orientais

Vivemos interpretando o mundo, procurando entender a existência, em especial, o ser humano. O que percebemos e não entendemos é o princípio da diferença. O ser humano nasce diferente embora inserido num sistema que busca a lógica do “padrão capitalista”. O sistema capitalista neoliberal atual no seu processo de Globalização procura determinar um modelo único aceito para todos os povos: consumir a mesma marca, mesma comida (enlatados, empacotados, fast food), usar a mesma roupa, assistir aos mesmos filmes, ouvir as mesmas músicas, etc. Para isso, o sistema não perdoa nem respeita as diferenças culturais. O que importa é a ganância e a busca pelo lucro: o dinheiro. Querem que as pessoas pensem iguais, comam iguais e vivam iguais seguindo o mesmo modelo, a moda.

Dança alemã

Cultura Chinesa

Mexicanos

Indianas

O que deixamos de perceber é a inaceitável contradição: a busca por um padrão igual e a desigualdade gerada pelo mesmo sistema. Enquanto uns consomem no modismo, outros passam fome. Enquanto alguns ficam cada vez mais ricos, uma grande massa não tem um pão para comer.

Nesse contexto do consumo, da riqueza e da pobreza, existem as sociedades que lutam pela manutenção dos seus costumes, sua cultura, no sentido antropológico: a maneira de viver de cada povo. Esse sistema capitalista coloca na cabeça das pessoas que o diferente é estranho, ridículo, inferior e atrasado. Lembramos que algumas sociedades simples como a de alguns índios não precisam do dinheiro capitalista para viver. Eles nascem, crescem, vivem, sentem e morrem naturalmente sem o capital. Para ser feliz não precisa de tanto dinheiro, basta ter a vida saudável e a subsistência.

Estilo Cowboy

Estilo Patricinhas

Jovens contemporâneos

Cultura livre

Nesse sentido, não é aceitável o entendimento de que existe uma cultura superior (tecnológica) e outra inferior (rudimentar). Ninguém é melhor do que ninguém. “Todos iguais e tão desiguais, mas uns mais iguais que os outros. Ninguém é igual a ninguém”. Assim cantavam “Os Engenheiros do Hawaii”. Em cada sociedade temos diferenças que precisam ser respeitadas. Temos que controlar nosso Etnocentrismo e perceber que o mundo é diferente. O ser humano é diferente e cada um merece o respeito por ser diferente.

Saiba o que é Etnocentrismo segundo o site Wikipédia.

Etnocentrismo é um conceito antropológico, segundo o qual a visão ou avaliação que um indivíduo ou grupo de pessoas faz de um grupo social diferente do seu é apenas baseada nos valores, referências e padrões adotados pelo grupo social ao qual o próprio indivíduo ou grupo fazem parte.

O fato de que o ser humano vê o mundo através de sua cultura tem como conseqüência a propensão em considerar o seu modo de vida como o mais correto e o mais natural. Tal tendência, denominada etnocentrismo, é responsável em seus casos extremos pela ocorrência de numerosos conflitos sociais.

Afegãos

Africana

Negras e muçulmanas

Hippie

Cultura nordestina Brasil

Não existem grupos superiores ou inferiores, mas grupos diferentes. Um grupo pode ter menor desenvolvimento tecnológico, se comparado a outro, mas, possivelmente, é mais adaptado a determinado ambiente, além de não possuir diversos problemas que esse grupo "superior" possui.

A tendência do ser humano nas sociedades é de repudiar ou negar tudo que lhe é diferente ou não está de acordo com suas tendências, costumes e hábitos. Na civilização grega, o bárbaro, era o que "transgredia" toda a lei e costumes da época; este termo é, portanto, etimologicamente semelhante ao selvagem na sociedade ocidental.

O costume de discriminar os que são diferentes, porque pertencem a outro grupo, pode ser encontrado dentro de uma sociedade. Agressões verbais, e até físicas, praticadas contra os estranhos que se arriscam em determinados bairros periféricos de nossas grandes cidades é um dos exemplos.

Comportamentos etnocêntricos resultam também em apreciações negativas dos padrões culturais de povos diferentes. Práticas de outros sistemas culturais são catalogadas como absurdas, deprimentes e imorais.

Estilo Skatetista

A cultura é diversa

Moda ocidental

Estilo Surfista

Xenofobia e preconceitos

Xenofobia é comumente associado à aversão a outras raças e culturas. É também associado à fobia em relação a pessoas ou grupos diferentes, com os quais o indivíduo que apresenta a fobia habitualmente não entra em contato ou evita fazê-lo.

Andinos - Bolívia

Estilo Emo

American Way

Estilo Hippie

Aborígines australianos

Indígena

O relativismo cultural defende que o bem e o mal, o certo e o errado, e outras categorias de valores são relativos a cada cultura. O "bem" coincide com o que é "socialmente aprovado" numa dada cultura. Os princípios morais descrevem convenções sociais e devem ser baseados nas normas da nossa sociedade. É o princípio que prega que uma crença e/ou atividade humana individual deva ser interpretada em termos de sua própria cultura.

Japoneses

Estilo Rock

Formação do povo brasileiro

Movimento Gay

Estilo malandro

Mulher-Girafa da Tailândia

Pearces

Tribos africanas

Portanto, devemos relativizar e observar as pessoas com a lente da cultura de cada um e não do ponto de vista da nossa. O outro deve ser visto apenas como diferente de mim e não como inferior. Não podemos esquecer que embora diferentes, as pessoas têm direitos universais: liberdade, igualdade, fraternidade, democracia, educação, cultura, habitação, saúde, etc. Sabemos que em alguns povos esses direitos não são respeitados, mas é importante saber que eles são atribuídos e aceitos universalmente a todos. Não podemos permitir e aceitar que as pessoas ignorem, humilhem, julguem e tenham preconceito com o seu semelhante apenas por que ele usa trajes diferentes, apetrechos no corpo como brincos e pearces, tatuagens, colares, roupas longas ou curtas, cabelos pintados ou amarrados, chapéus de palha ou de couro, etc. O que devemos saber é a adequação do modo de vestir e fazer em variados ambientes sociais; o restante é preconceito que deve ser exterminado por que nos vivemos numa só sociedade: a sociedade humana. Desse ponto de vista, todos são normais na sua cultura. Combata o preconceito!