Você sabe qual a diferença entre os dois?
Nenhum é levado a sério.
Para alguns especialistas, a idade para ser considerado adolescente é 13 anos, quando se alcança os 16, chega-se a jovens. Aos 18 quando chega à maioridade não se deixa de ser jovem, mas já existe uma preocupação com a responsabilidade, pois o jovem sabe que vai responder pelas conseqüências de seus atos. Ainda tentam, mas não vai mais pedir ajuda a papai ou mamãe, e pensar que os pais vão resolver todo o problema. O hábito normal vai levar os pais a garantirem a ajuda dependendo do caso, afinal, pais são pais. Mas onde fica o critério da responsabilidade? Tive um professor da Especialização em Língua Portuguesa que disse: “Adolescente só faz merd... Mas é bom que faça, porque só assim, vai aprender, e não repetir atos equivocados quando receber uma lição. É só uma fase”.
A fase da adolescência é marcada pelo início do namoro “precoce” e uma das mais complicadas. Geralmente o adolescente que estuda bem e começa a lidar com namoros fica mais desatento, “desinteressado”, afoito, mais corajoso para provocar desordens e bagunça, começa a ter problemas nas notas e no comportamento escolar e familiar. Claro! Não são todos. Alguns conseguem conciliar namoro e estudo. Estes pensam na importância dos dois, porém, a maioria deixa se levar, e se não receber orientações, se perde nesse novo caminho. É quando aparecem: relacionamento sério, às vezes, frustrado, gravidez indesejada, casamento imaturo, prostituição, abandono da escola, aceitação de trabalho duro para sobreviver, expulsão da casa dos pais, mudança drástica de vida. É obvio que essas conseqüências surgem mais em jovens e adolescentes de famílias pobres. Quando se é rico, muitas vezes, o fato é entendido como moda, estilo, normal, vaidade. E recebe apoio apesar da inconveniência familiar. É esse papel que se presta alguns programas como “Malhação”. A realidade é outra.
Desse modo, é possível, conviver com essa fase de forma satisfatória, conciliando o prazer, as coisas boas da vida e a responsabilidade. É sim, possível namorar, beijar, transar com segurança, usando preservativos para evitar doenças e filhos. É possível valorizar a imagem, a vida mesmo sem virgindade, contudo, mantendo o caráter.
O pensamento pode fazer com que a reflexão sobre os atos seja voltada para conviver em sociedade com prazer e dever. Com desejo e responsabilidade. Com namoro e estudo. Com satisfação e educação. Mas será que o adolescente, tachado de “aborrecente” tem condições de filtrar essas informações e decidir um caminho paralelo ao novo, caminhando com respeito e valorização pessoal na sociedade? Sim. Da mesma maneira que um adolescente pode decidir “empinar uma moto”, dá “cavalo de pau”, brigar, ofender, chamar palavrão e cometer atos ignorados pela sociedade. Ele tem a capacidade de pensar e discernir o que é legal, responsável e bom para vida dele. Adolescente também é humano e o cérebro do ser humano foi feito para pensar.
Diante dessas considerações, cabe a família, a escola, ao governo, a sociedade em geral, entender os adolescentes e jovens, com diálogo e orientações diante de muitas informações que se têm hoje nos meios de comunicação aos quais os jovens interagem. É possível ajudar a entender os jovens e ajudá-los a se entender porque “nesse país o que falam sobre o jovem não é sério; o jovem do Brasil não é levado a sério”. Assim diz o “Rappa”. Levar o jovem a sério não é aplaudir a permissividade da vaidade hedonista ou aceitar qualquer opinião infundada. É ouvir o jovem, dialogar, orientar “polindo” o seu saber e suas opiniões. É aceitar o argumento, é entender a lógica e respaldar o que é correto socialmente, a exemplo da ética.
Texto reflexivo. Por Cledenilson Moreira. – 06/09/2010.
Muito bom!
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