O TOMBO

Aprendemos nas escolas que é importante preservar o nosso patrimônio público, histórico e cultural. Ao mesmo tempo somos cobrados e comparados a outros países que preservam a cultura em tempos de Globalização, e que sofrem com a capitalização dos costumes uma vez que essa procura padronizar o modo de vida numa linha “American Way of life”. Mas será que esta insistência em cobrar do brasileiro a preservação e o amor aos bens coletivos não é exagero? Ou seria falta de informação de quem cobra? O brasileiro concordaria que realmente preserva o nosso patrimônio? Claro que não! Claro que não é exagero! Muito menos falta de informação. Somos um povo que não liga para os valores culturais e patrimoniais, e até, educacionais, pois, a preservação dos nossos aspectos culturais passa pelo processo de educação.

Essa realidade está muito próxima de nosso município quando presenciamos alguns “tombamentos” do patrimônio público. Um grande exemplo está na casa do grande embolador de coco, famoso nas obras de Mario de Andrade, o filho da nossa terra, Chico Antonio; sabemos que muitos órgãos, governantes e instituições sempre falam do real tombamento dessa casa. Na prática não sabemos se o “tombo” será para a direita ou esquerda.

O mesmo acontece com as ruínas da igreja de Santa Rita na antiga Cuitezeiras que ainda não tombou graças a colaboração de quem realmente foge da omissão e preserva o patrimônio publico, o Sr. Jaldemar Nunes. Nem tudo está pedido! E o apoio que o Sr. Jaldemar precisa para manter viva a memória da origem de Pedro Velho, será que realmente existe?

Nesse sentido, citei apenas dois exemplos conhecidos por nós. Mas se observarmos outros lugares veremos que prevalece o descaso. Assim, esta matéria não tem a finalidade de acusar ninguém, mas de alertar para que todos saibam: fazemos parte dessa história, não preservá-la é “condenar-se a ignorância” e destruir nossa própria memória.

Por Cledenilson Moreira - UFRN

Comentários

  1. ei ja vir essa matera em algum luga

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  2. Essa matéria eu fiz em 2007 e foi publicada num jornal chamado "Arroto" que circulava em Pedro Velho-RN. Wlw. Obrigado pela participação.

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